Matéria Original de Veja São Paulo
Roberto Bieto começou desenhando, como todo garoto, e entrou em contato com o graffiti ao ver as obras de grandes artistas como Tinho, Vitchê, OsGêmeos, Speto, em revistas e murais. Aos 17 anos, começou a grafitar, saiu do desenho simples e passou a ver o movimento como arte. Um dos primeiros passos foi em 1998, quando junto com alguns colegas, pintou o muro de uma escola em que joga basquete até hoje, perto de seu bairro, o Ipiranga.
Ele define sua arte como o estilo do Brasil em geral, inspirado no dia-a-dia dos cidadãos e no jeitinho brasileiro de ser. Roberto acredita que a vida pessoal é relacionada ao estilo de suas obras: o que faz como arte deve ser conseqüência de como age durante o cotidiano, o jeito de pensar reflete nas artes. Gosta de viver o que pinta.
(Foto: Tche D’alia Ruggi)
Sua última exposição, Brincando com Coisa Séria, teve sua abertura no domingo(22) e fica em cena até o dia 19 de abril, na galeria A7MA, aberta ao publico.
O artista convidou alguns amigos músicos, que fizeram a trilha sonora de cada obra. Estas composições estão disponíveis no site para que os interessados apreciem todas as formas de arte — vejam as obras enquanto ouvem a trilha. A ideia de disponibilizar as músicas na internet o deixou muito satisfeito. Foi uma grande conquista ter sua ideia aceita pelos organizadores da exposição.
Alem dos músicos convidados, Bieto contou com a ajuda de Fabio Stasiak, fundador da LedsLife e especialista em Led pelo Departamento de Semicondutores Instrumentos e Fotônica da Unicamp, que montou toda a estrutura conceitual de luzes, o que resultou na excelente produção de iluminação da expo.
Uma das intenções é receber grupos de estudantes e vestibulandos para compartilhar com mais profundidade o conhecimento que lhe foi concebido, mostrar o passo a passo de como foi feita a exposição, desde criação do projeto até abertura oficial, fazer com que os visitantes compreendam as etapas de produção e acompanhem ao vivo o resultado de um bom trabalho em equipe. Os colaboradores ficarão à disposição para explicar todos os mecanismos teóricos e práticos das instalações.
“Gostaria que as pessoas baixassem o som e apreciassem as artes. Espero que gostem da interação entre as pinturas, do som e a iluminação que foram dispostos na expo”, convida Bieto.